quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Kiriku e a Feiticeira





Kiriku é um garoto pequeno, mas muito inteligente e com dons especiais, que nasceu com a missão de salvar sua aldeia. A cruel feiticeira Karaba secou a fonte do lugar onde Kiriku mora com amigos e parentes e, possivelmente, comeu o pai e os tios do menino. Encontrando amigos e seres fantásticos pelo caminho, Kiriku vai resolver a situação. História baseada em uma lenda da África Ocidental.

Uma história que celebra a coragem, a curiosidade e a astúcia sobre uma comunidade subjugada por uma terrível feiticeira.
Kiriku aprende em sua luta que a origem de tanta maldade é o sofrimento e só a verdade, o amor, a generosidade e a tolerância, aliados à inteligência, são capazes de vencer a dor e as diferenças.
Um desenho animado moderno que fala a língua das crianças sem subestimar a inteligência dos adultos.



Gênero Animação
Atores Vozes:, Theo Sebeko, Antoinette Kellermann, Fezele Mpeka, Kombisile Sangweni, Mabutho Sithole,
Direção Michel Ocelot,
Idioma Português, Francês,
Legendas : Português,
Ano de produção :1998
País de produção: França, Bélgica, Luxemburgo,
Duração 74 min.
Distribuição Paulinas Multimídia
Região Multizonal
Áudio Dolby Estereo, Dolby Digital 5.1 (Francês, Português)
Vídeo Widescreen
Cor Colorido

seta3.gif (99 bytes) Curiosidades

- O diretor do filme, Michel Ocelot, passou parte da infância na Guiné, onde conheceu a lenda de Kiriku.

- Para compôr as canções do filme apenas foram utilizados instrumentos tradicionais da África, como balafon, ritti, cora, xalam, tokho, sabaar e o belon.

- Na versão original do filme, falada em francês, as vozes dos personagens foram feitas por atores africanos.

- Seguido por Kirikou 2 - Os Animais Selvagens (2005).

A música do filme foi composta por Youssou N`Dour, um conhecido músico
africano que mora em Dacar, capital do Senagal. Nas canções, só foram
usados instrumentos tradicionais da África como balafon, ritti, cora,
xalam, tokho, sabaar e o belon

fonte : adoro cinema

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Cartola






A história de um dos compositores mais importantes da música brasileira. A história do samba a partir de um dos seus expoentes mais nobres. Utilizando linguagem fragmentada, CARTOLA traça um painel da formação cultural do Brasil, convidando a uma reflexão na construção da memória deste país. O retrato de um homem que se reconstruia com seu tempo.


LANÇAMENTO

2007-04-06
exibido no cine zezinho em 20/02/2009

DIREÇÃO
Lírio Ferreira, Hílton Lacerda
CO-PRODUÇÃO
Globo Filmes, Raccord Produções
DISTRIBUIÇÃO
RioFilme
ELENCO
Marcos Paulo Simião . . . Cartola (criança)
FICHA TÉCNICA
Produção Executiva: Clélia Bessa
Diretor de Fotografia: Aloysio Raolino
Montagem: Mair Tavares
Direção de Arte: Claudio do Amaral Peixoto
Figurino: Rô Nascimento
Roteiro: Lírio Ferreira, Hílton Lacerda
Edição de Som: Aurélio Dias, Maria Byington
Mixagem: Roberto Leite, Aurélio Dias
Concepção gráfica: Tecnopop
Consultoria: Elton Medeiros
Produtores: Clélia Bessa, Hilton Kauffmann
Som Direto: Valéria Ferro

fonte : Globo filmes




. Leia a entrevista com os diretores Lírio Ferreira e Hilton Lacerda.


"Cartola" tem a ousadia de ser simples, cronológico, sofisticado e poético. É um filme que se aproxima do seu principal objeto, o compositor e sambista, que, sem ser letrado, fez canções e versos dignos de um imortal. Cartola, um artista do subúrbio carioca cuja obra é uma ponte cultural que liga um país dividido socialmente, empresta a biografia para os diretores Hilton Lacerda e Lírio Ferreira contarem, sobre um ângulo original, parte da história da Mangueira, do Rio e da nossa música do século passado. As imagens de arquivos resgatam longas-metragens, reportagens e entrevistas nas quais o sambista e o samba são os focos. O testemunhal é composto de pessoas que conviveram com Cartola e outras que fazem parte do cotidiano da comunidade da Mangueira, além de críticos, de historiadores, de cantores, de músicos e de compositores.

O pernambucano Lírio Ferreira, autor de dois longas-metragens de ficção, volta a trabalhar, ao lado de Hilton Lacerda, com a linguagem mais documental em “Cartola”, filme que recria as emoções e a história do compositor mangueirense. Lírio é o diretor dos premiados “Baile perfumado” e “Árido Movie”. Já Hilton Lacerda, que participou de perto do processo de renovação do cinema pernambucano dos últimos dez anos, assina, com o amigo Lírio Ferreira, a sua obra mais autoral. “Cartola” é o primeiro longa-metragem do diretor. Ele é o roteirista de “Baile Perfumado”, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, e “Amarelo Manga”, de Cláudio Assis.

Um pouquinho da história...
Cartola, carioca do Catete, nasceu no em 11 de outubro de 1908, o mesmo ano em que morreu outro gênio da arte nacional, Machado de Assis. Depois de viver durante três anos em Laranjeiras, saiu da Zona Sul e foi morar na Mangueira aos 11 anos. O bairro classe média e o morro deram régua e compasso para os versos e as canções do compositor.
Até os 15 anos, Cartola viveu com a família e freqüentou escolas de ensino clássicas. Com a morte da mãe, deixou as duas instituições e passou a ter lições de boemia.

O apelido Cartola de Angenor de Oliveira nasceu no canteiro de obra. Como pedreiro, o compositor usava sempre um chapéu para impedir que o cimento sujasse a cabeça. Fundou em 1925, com seu amigo Carlos Cachaça, o Bloco dos Arengueiros. Era a semente da G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira, que surgiu em 28 de abril de 1928 da fusão desse e de outros blocos da região. O próprio Cartola escolheu o nome e as cores da agremiação.

A estréia da Verde e Rosa na avenida foi embalada pelo o primeiro samba com a assinatura de Angenor de Oliveira. Era “Chega de Demanda”, composto em 1928 e só gravado por Cartola em 1974, no LP “História das escolas de samba: Mangueira”. Em 1931, o nome do compositor chega em outros territórios. Na década de 60, já vivendo com Eusébia Silva do Nascimento, a Dona Zica, eles fizeram uma pequena “revolução” gastronômica e musical na cidade. Depois, em 1964, a matriz do samba mudou de endereço para o restaurante Zicartola, na Rua da Carioca. A casa fez história com a cozinha comandada por Zica, que ajudava na inspiração de grandes sambistas do morro e de jovens compositores da geração pós bossa-nova.

Só na Terceira Idade, aos 66 anos, o mestre gravou seu primeiro LP, “Cartola”. O disco conquistou vários prêmios. Dois anos depois, lançou o segundo com o mesmo título do anterior. O sambista ganhou destaque na TV em 1977: a Rede Globo exibiu um programa “Brasil Especial” dedicado a Cartola. Audiência era crescente na tela e no palco. Em setembro do mesmo ano, lançou o terceiro disco-solo: “Cartola – Verde que te quero rosa”.
O quarto LP (“Cartola – 70 anos”) chega ao mercado em 1979. Aos 70 anos é diagnosticado um câncer no compositor. Cartola morre vítima da doença, em 30 de novembro de 1980.

Entre composições próprias e de parceiras, Cartola deixou mais de 500 obras.

Entrevista concedida a Flávia Tenório

Cartola tem a assinatura de dois diretores. Foi difícil dirigir o filme em dupla?
Lírio Ferreira: O cinema nasceu da arte de dois irmãos. Esse projeto dá seqüência a isso (risos). O filme surgiu com a concepção de uma dupla. Começou, em 1998, comigo e com o Paulo Caldas. O Paulo saiu do projeto e entrou o Hilton.
Hilton Lacerda: Inicialmente, o projeto previa a realização de um docudrama. Não gosto da expressão e nem desse estilo de cinema. Houve uma mudança e eu e Lírio Ferreira avançamos para outro caminho.

E como foi a evolução do projeto nesses oito anos?
Hilton: Primeiro, a gente não queria que o personagem pautasse a narrativa. A intenção seria mostrar uma parte da história do país, desde o início do Brasil República até a abertura política. Mas essa mensagem política acabou ficando subliminar. Tínhamos também o desafio formal de elaborar um filme fragmentado que não fosse hermético e que tivesse uma cronologia. Não queríamos um filme careta, mas um que fizesse o público refletir.

O próprio Cartola se transformou no principal narrador da sua história. Por que essa opção?
Hilton: Cartola nasceu no mesmo ano que Machado de Assis morreu. Essa ligação ajudou a reforçar a idéia de uma narrativa póstuma. O filme começa e termina com cenas do enterro do compositor que passa a narrar sua trajetória. Nessa seqüência inicial, usamos cenas de "Brás Cubas", de Bressane, junto com as imagens reais do sepultamento.

A narrativa de Cartola não segue uma receita tradicional...
Lírio: Há uma série de formas de se ler a história de Cartola. Os livros apresentam as suas e o cinema pode extrapolar isso. Fizemos uma nova leitura. Não é um olhar naturalista sobre essa história. Mas “Cartola” também dialoga com ‘o velho’: por exemplo, é um filme baseado em forte pesquisa e tem uma montagem tradicional. É um ‘velho filme’ sobre um grande mestre

O início já deixa claro que "cartola" é um filme com várias camadas. É um caminho para falar com platéias distintas?
Hilton: É. Trabalhamos em vários níveis. "Cartola" é um filme que fala com vários públicos. Uma pessoa com conhecimento de cinema terá uma percepção diferente da maioria. Mas o público em geral vai sair do cinema conhecendo a história do compositor.

Nelson Sargento é uma figura muito presente no filme. Por que essa escolha?
Lírio: Nelson Sargento, além de ter convivido e acompanhado de perto a vida de Cartola, foi seu discípulo e pode ser considerado seu sucessor. Outra participação importante é a de Elton Medeiros que foi o consultor da produção.

Seria muito correto classificar “Cartola” de um simples documentário...
Lírio: Realmente... Cartola é um filme. Por mais que seja fiel a história do compositor, ele vai além. São as possibilidades que o cinema dá.

fonte : Revista Raiz